Olá, como você esta??
Você já percebeu como muitas vezes somos levados a acreditar que a vida é uma corrida? Desde cedo, aprendemos que precisamos ser melhores que os outros, conquistar mais, chegar primeiro, brilhar mais forte. Esse pensamento competitivo, embora comum, costuma trazer um peso enorme: medo de não ser suficiente, inveja, insegurança e até o afastamento de pessoas importantes.
Mas existe uma verdade simples e libertadora: acender a luz do próximo não apaga a sua.
Ao contrário do que muitas vezes imaginamos, apoiar o crescimento do outro não diminui o nosso valor. Celebrar uma conquista alheia não significa que as nossas conquistas perderam importância. O mundo não é um palco limitado onde só cabe um holofote. Na vida real, existe espaço para todos brilharem — cada um à sua maneira, no seu tempo, no seu caminho.
O medo da comparação
A comparação é um dos maiores vilões do bem-estar emocional. Quando olhamos para a vida do outro, enxergamos apenas recortes: um resultado alcançado, uma vitória exibida, uma parte da história contada. Mas esquecemos de tudo o que há nos bastidores: o esforço, as renúncias, os erros, os recomeços.
Esse olhar comparativo gera a ilusão de que estamos sempre “atrás”, sempre “falhando”. Isso nos afasta do reconhecimento das nossas próprias conquistas e, pior, pode criar barreiras emocionais para nos aproximarmos das pessoas. Afinal, como apoiar alguém se acreditamos que a vitória dela é uma perda para nós?
A potência de acender luzes
Quando escolhemos apoiar, incentivar e celebrar as conquistas alheias, algo poderoso acontece. Criamos um ambiente de cooperação, e não de rivalidade. E essa escolha tem impacto direto na nossa saúde emocional:
- Fortalece vínculos: relacionamentos saudáveis são baseados em apoio mútuo, não em competição.
- Reduz a ansiedade: quando deixamos de nos comparar, passamos a nos concentrar mais no nosso próprio caminho.
- Aumenta a autoestima: celebrar o outro é também reconhecer que somos capazes de trilhar nossa própria jornada.
- Gera pertencimento: ao compartilhar luz, nos sentimos parte de uma rede de apoio e não isolados.
Pense na metáfora do fogo: quando uma vela acende a outra, nenhuma das duas perde a sua chama. Pelo contrário, juntas iluminam mais. Assim também acontece nas relações humanas.
Como praticar no dia a dia?
Acender a luz do próximo pode se manifestar em pequenos gestos:
- Reconhecer e celebrar conquistas, por menores que pareçam.
- Oferecer ajuda genuína, sem esperar algo em troca.
- Compartilhar conhecimento, experiências e aprendizados.
- Escutar sem julgar, apenas acolhendo.
- Evitar comparações destrutivas, lembrando que cada pessoa tem sua própria jornada.
Esses gestos criam um círculo virtuoso: quanto mais compartilhamos, mais fortalecemos também a nossa própria luz interior.
A psicologia e o olhar para si
Na psicoterapia, é comum trabalharmos a autocomparação e a dificuldade em reconhecer o próprio valor. Muitas vezes, o incômodo com o brilho do outro revela feridas internas: crenças de inferioridade, medo de não ser suficiente ou dificuldade em se conectar com a própria essência.
O processo terapêutico ajuda a ressignificar essas crenças, construindo uma autoestima sólida e um olhar mais compassivo — consigo e com os outros. Quando nos sentimos seguras(os) sobre quem somos, apoiar o próximo deixa de ser uma ameaça e passa a ser um ato natural, cheio de generosidade.
Um convite à reflexão
Da próxima vez que alguém ao seu redor conquistar algo, observe o que surge dentro de você. Em vez de se comparar ou diminuir o próprio valor, experimente celebrar. Você não perde nada ao oferecer apoio — pelo contrário, ganha em vínculos, em paz e em clareza sobre sua própria jornada.
✨ Lembre-se: a chama que ilumina o outro pode aquecer ainda mais o seu caminho.
👉 Se você sente que tem dificuldade em lidar com comparações ou deseja fortalecer sua autoestima e confiança, a psicoterapia pode ser um espaço transformador para isso. Vamos juntas acender luzes e construir caminhos mais leves e verdadeiros.